Direitos trabalhistas para quem trabalha em shopping: tudo que você precisa saber para não perder dinheiro

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Direitos trabalhistas para quem trabalha em shopping: tudo que você precisa saber para não perder dinheiro

Direitos trabalhistas para quem trabalha em shopping: tudo que você precisa saber para não perder dinheiro

Você trabalha ou já trabalhou em alguma loja, restaurante, ou prestando serviços dentro de um shopping center? Sabia que pode ter direito a 30% a mais no salário todo mês por adicional de periculosidade? E que existem outros direitos específicos para quem exerce qualquer atividade profissional nesse ambiente que muitas empresas não contam?

A gente entende que trabalhar em shopping tem suas particularidades – horários especiais, feriados, ambiente fechado, exposição a riscos que você nem imagina. Por isso, criamos este guia completo com tudo que você precisa saber sobre seus direitos como trabalhador que exerce suas atividades profissionais em shopping center.

Nossa equipe já atendeu mais de 1.000 clientes que trabalham ou trabalharam dentro de shopping centers – desde vendedores de lojas de roupas e telefonia até funcionários de restaurantes, academias, clínicas, e profissionais de segurança e limpeza. Vamos te mostrar exatamente quais são seus direitos e como garantir cada um deles.

Índice do artigo

Por que quem trabalha em shopping tem direitos especiais

Trabalhar dentro de um shopping center não é igual trabalhar numa loja de rua comum. Existem riscos e condições específicas que a legislação trabalhista reconhece, independentemente de você ser contratado pela administração do shopping, por uma loja, restaurante, ou qualquer empresa que funcione dentro do shopping:

Riscos ambientais únicos

  • Geradores de energia com diesel: Todo shopping tem geradores para emergência que usam óleo diesel. Muitos têm instalação irregular ou armazenam combustível além do permitido.
  • Ambiente confinado: Ar condicionado o tempo todo, pouca ventilação natural, exposição a produtos químicos de limpeza.
  • Multidões constantes: Risco de tumultos, especialmente em datas promocionais e feriados.
  • Instalações elétricas complexas: Sistema elétrico sofisticado com risco de acidentes.

Jornadas diferenciadas

  • Trabalho aos domingos e feriados é comum
  • Horários estendidos (muitos shoppings fecham 22h ou mais tarde)
  • Escala especial em época de Natal e outras datas comemorativas
  • Pausas para refeição nem sempre respeitadas

Hierarquia complexa

  • Você tem chefe na sua empresa E deve seguir regras do shopping
  • Normas da administração do shopping se sobrepõem às da loja/empresa
  • Responsabilidade compartilhada entre seu empregador e administração

Cada uma dessas particularidades pode gerar direitos trabalhistas específicos para você, não importa se você trabalha para uma loja de roupas, restaurante, academia, clínica, banco, ou qualquer outro estabelecimento dentro do shopping.

Adicional de periculosidade: 30% a mais no salário

Este é o direito mais importante e que pode te dar mais dinheiro. A Justiça do Trabalho tem reconhecido que todos os trabalhadores que exercem suas atividades dentro de shopping centers têm direito ao adicional de periculosidade de 30% sobre o salário.

Por que você tem direito

O fundamento é simples: a instalação e armazenamento irregular de óleo diesel nos geradores de energia dos shoppings cria risco para todos os trabalhadores que exercem suas atividades no local, independente da empresa que os contratou.

Exemplos de irregularidades comuns:

  • Tanques de diesel além da capacidade permitida
  • Instalação dos geradores fora das normas técnicas
  • Falta de sistema adequado de ventilação
  • Armazenamento de combustível em locais inadequados

Quem tem direito

✅ Você TEM direito se trabalha/trabalhou em:

  • Qualquer loja dentro do shopping (roupa, eletrônicos, telefonia, joias, etc.)
  • Restaurantes, lanchonetes e praça de alimentação
  • Cinema, teatro ou entretenimento dentro do shopping
  • Academia, clínica médica, salão de beleza
  • Bancos e casas lotéricas
  • Serviços de limpeza ou segurança (mesmo terceirizados)
  • Administração do próprio shopping
  • Qualquer estabelecimento comercial ou prestador de serviços que funcione dentro do shopping

❌ Não tem direito quem:

  • Trabalha apenas em delivery (sem ficar fisicamente no shopping)
  • Presta serviços esporádicos (menos de 1 vez por semana)
  • Trabalha em área externa isolada (estacionamento descoberto distante)

Quanto você pode receber

O adicional de periculosidade é 30% sobre seu salário base, todo mês:

Exemplos práticos:

Vendedor de loja – Salário R$ 1.500/mês:

  • Adicional mensal: R$ 450
  • Adicional anual: R$ 5.400
  • Em 3 anos: R$ 16.200

Atendente de restaurante – Salário R$ 2.800/mês:

  • Adicional mensal: R$ 840
  • Adicional anual: R$ 10.080
  • Em 3 anos: R$ 30.240

Importante: Você pode cobrar até 5 anos retroativos do adicional que não recebeu, mais reflexos em 13º, férias e FGTS.

Direitos específicos dos profissionais de segurança

Se você trabalha ou trabalhou como segurança dentro de shopping center (seja contratado pela administração, por empresa terceirizada, ou mesmo por loja específica), pode ter direito a vários adicionais acumulados:

Adicional de periculosidade (30%)

Como todos os trabalhadores em shopping, seguranças têm direito ao adicional de periculosidade pelos geradores de diesel.

Adicional noturno (20%)

Comum para seguranças que trabalham:

  • Plantões noturnos (depois das 22h)
  • Escala 12×36 com período noturno
  • Fechamento do shopping

Direitos dos profissionais de limpeza

Profissionais de limpeza que trabalham em shopping centers (sejam contratados pela administração, por empresas terceirizadas, ou por estabelecimentos específicos) têm direitos específicos além do adicional de periculosidade:

Adicional de insalubridade (10%, 20% ou 40%)

Atividades que geram direito ao adicional de insalubridade:

  • Limpeza de banheiros públicos: exposição a agentes biológicos
  • Uso de produtos químicos: detergentes industriais, desinfetantes
  • Limpeza de lixeiras e depósitos: contato com dejetos e materiais contaminados
  • Limpeza de praça de alimentação: gorduras e resíduos alimentares

Adicional de periculosidade (30%)

Como todos os trabalhadores em shopping, também têm direito pelo risco dos geradores de diesel.

Adicional noturno (20%)

Para profissionais que fazem o trabalho entre 22h às 5h, independente se é para:

  • Limpeza após o fechamento do shopping
  • Preparação para abertura (madrugada)
  • Limpeza profunda em horário noturno

Horas extras em feriados e domingos

Trabalhar aos domingos e feriados é rotina para quem trabalha dentro de shopping, mas isso não significa que você deve aceitar qualquer coisa. Existem regras claras:

Trabalho aos domingos

✅ O que sua empresa DEVE fazer:

  • Pagar o domingo como 100% extra (dobrado)
  • OU dar folga compensatória na mesma semana
  • Respeitar pelo menos 1 domingo de folga por mês
  • Mulheres não podem trabalhar dois domingos seguidos

❌ O que muitas empresas fazem (errado):

  • Pagam o domingo como dia normal
  • Dão a folga compensatória em outro mês
  • Nunca dão domingo de folga
  • Escalam mulheres em domingos consecutivos

Trabalho em feriados

Feriados nacionais (Natal, Ano Novo, Independência, etc.):

  • Devem ser pagos em dobro se você trabalhar
  • OU folga compensatória + adicional de 50%

Feriados municipais (Consciência Negra em SP, por exemplo):

  • Mesmas regras dos feriados nacionais
  • Muitas empresas ignoram, mas você tem direito

Exemplo prático de cálculo

João trabalha numa loja de roupas e ganha R$ 2.400/mês:

Trabalhou 8 domingos no ano sem folga compensatória:

  • 8 domingos x 8 horas x R$ 10,91 (hora normal) = R$ 698,24 de horas extras

Trabalhou no Natal e Ano Novo:

  • 2 feriados x 8 horas x R$ 21,82 (dobrado) = R$ 349,12

Total só em horas extras de domingo/feriados: R$ 1.047,36 por ano

Direito ao intervalo intrajornada

Se você trabalha mais de 6 horas por dia, tem direito a pelo menos 1 hora de intervalo para refeição. Parece óbvio, mas muitos problemas acontecem:

Problemas mais comuns

Intervalo menor que 1 hora:

  • Empresa dá só 30 ou 45 minutos
  • “A loja não pode ficar sozinha”
  • “Não tem funcionário suficiente para cobrir”

Intervalo não respeitado:

  • Cliente aparece na hora do almoço e você tem que atender
  • Chefe pede para voltar antes porque “tá lotado”
  • Você come correndo para não “atrapalhar”

Sem intervalo em dias corridos:

  • Black Friday, véspera de Natal, liquidações
  • “Todo mundo tem que ajudar”
  • “Depois compensamos”

Muitos shoppings funcionam até 22h, 23h ou até mais tarde em datas especiais. Se você trabalha depois das 22h, tem direito ao adicional noturno.

Como funciona o adicional noturno

  • Horário noturno: das 22h às 5h
  • Valor: 20% sobre a hora normal
  • Hora reduzida: hora noturna tem 52 minutos e 30 segundos

Situações que geram direito

Estabelecimento que funciona depois das 22h:

  • Shopping com horário estendido
  • Época de Natal/fim de ano
  • Liquidações e promoções especiais

Cinema e entretenimento:

  • Sessões que terminam depois das 22h
  • Limpeza após o fechamento
  • Preparação para o dia seguinte

Restaurantes e praça de alimentação:

  • Estabelecimentos que servem até tarde
  • Limpeza após fechamento
  • Preparação de alimentos para o dia seguinte

Exemplo de cálculo

Marina trabalha numa loja que fecha às 23h:

Dados:

  • Salário: R$ 1.800/mês
  • Trabalha das 13h às 23h (10 horas/dia)
  • Das 22h às 23h = 1 hora noturna por dia

Cálculo mensal:

  • Hora normal: R$ 8,18
  • Hora noturna: R$ 9,82 (20% a mais)
  • 22 dias x 1 hora noturna = 22 horas/mês
  • Adicional mensal: R$ 36,08
  • Por ano: R$ 432,96

Trabalha ou trabalhou dentro de um shopping? Descubra em 5 minutos quanto você pode ter direito a receber em um processo trabalhista. Nossa calculadora é gratuita e já ajudou centenas de trabalhadores.

Como conseguir seus direitos na prática

Agora que você conhece seus direitos, vamos ao que interessa: como garantir que você receba o que merece.

Tempo da prescrição

  • Se você ainda trabalha: não há prazo limite para entrar com ação
  • Se você já saiu: 2 anos para entrar com ação
  • Valores retroativos: pode cobrar até 5 anos anteriores

O que fazer agora

1. Identifique todos os seus direitos

Use nosso checklist:

  • [ ] Adicional de periculosidade (30%)
  • [ ] Horas extras de domingo/feriado
  • [ ] Adicional noturno (se aplicável)
  • [ ] Adicional de insalubridade (limpeza)
  • [ ] Intervalo intrajornada não respeitado
  • [ ] FGTS não depositado
  • [ ] 13º salário em atraso
  • [ ] Férias não pagas
  • [ ] Aviso prévio (se foi demitido)

2. Calcule o valor estimado dos seus direitos com a nossa calculadora de ação trabalhista

3. Busque orientação técnica especializada

Casos de direitos de trabalhadores em shopping têm particularidades técnicas. A jurisprudência está evoluindo e nem todos os advogados conhecem bem essas especificidades.

Por que escolher o Feltrim Correa Advogados

Especialistas em trabalhadores de shopping: Mais de 1.000 clientes atendidos que trabalham/trabalharam em shopping centers

Conhecimento técnico específico: Dominamos a jurisprudência sobre periculosidade, geradores e adicionais específicos

Sem riscos: Você só paga honorários se ganharmos seu caso

Atendimento humanizado: Entendemos as dificuldades de quem trabalha no varejo

Nossa equipe conhece as especificidades dos direitos para quem trabalha em shopping centers. Sabemos exatamente como abordar cada caso e maximizar suas chances de sucesso.

[Entre em contato conosco] – A consulta inicial é gratuita e podemos te mostrar exatamente quais direitos você tem e quanto pode receber.

Perguntas Frequentes

Demissão por cobrança de direitos trabalhistas é discriminatória e pode gerar direito a indenização ou reintegração. A lei protege quem busca seus direitos.

 Trabalhamos com honorários de êxito (você só paga se ganhar). Nossa consulta inicial é sempre gratuita para avaliar seu caso.

 Pode ter direito a periculosidade (30%) e adicional noturno (20%). Depende da análise de cada situação específica.

Em média, de 6 a 24 meses. Casos com direitos bem fundamentados podem ter acordos mais rápidos.

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